A introdução do microscópio operatório na odontologia foi um marco para a classe odontológica e principalmente para a especialidade de endodontia. Por proporcionar uma iluminação coaxial e uma alta magnificação, o operador enxerga detalhes antes não vistos, aumentando a segurança do seu procedimento, diminuindo a possibilidade de causar uma iatrogenia, tornando assim os resultados mais previsiveis, porém ainda é indispensável que o operador conheça a anatomia dentária. O custo e a o período de adaptação do microscópio operatório ainda são empecílios que dificultam o difundimento do instrumento na classe odontológica brasileira, mas deve-se levar em conta todos os benefícios trazidos por este, além de uma melhor ergonomia e a possibilidade de realizar documentação do caso e uma melhora na comunicação profissional/paciente, tornando-se um instrumento indispensável na endodontia atual.
Na maioria das vezes, os dentes que necessitam de tratamento endodôntico apresentam dificuldades para o operador, pois a anatomia dentária é muito complexa e muitas vezes não consegue-se tratar estes dentes com a endodontia tradicional, por este motivo, a endodontia hoje está cada dia mais dependente da tecnologia. Dentro da odontologia, a endodontia foi uma das áreas que sofreu mais mudanças causadas pelas inovações tecnológicas nos últimos anos. Estes avanços influenciaram e influenciam diretamente nos procedimentos clínicos. Foram inúmeras as inovações, na área de motores e movimentos, limas, ultrassons, localizadores foraminais, obturações termo plastificadas, mas o maior revolução para a especialidade nesses últimos anos foi a introdução do microscópio operatório (M.O.). A utilização do microscópio operatório foi proposta pela primeira vez em 1977 por Baumann. Em 1992 houve a primeira publicação da utilização do M.O. proposta por Gary Carr, introduzindo-o na Endodontia e promovendo assim um grande avanço na especialidade(FEIX). O M.O. trouxe muitos benefícios para a especialidade. Além da melhor ergonomia proporcionada, permitir efetuar a documentação dos casos clínicos e principalmente por causa da magnificação e iluminação coaxial, que fazem com que o operador veja com muito mais detalhes o campo operatório, ele torna os tratamentos mais previsíveis, aumentando a chance de sucesso endodôntico, refinando a técnica, sendo assim um instrumento indispensável na prática endodôntica. Porém, apesar todas as vantagens, além ser totalmente adaptável ao consultório odontológico e de nos EUA 76% dos endodontistas possuírem microscópios em suas clínicas particulares, no Brasil o número de endodontistas que utilizam M. O. é muito menor, devido ao período de adaptação e ao custo que ainda é alto para os padrões do país.
Desta forma, conclui-se que a introdução do microscópio operatório na odontologia e principalmente na endodontia foi um marco para a classe odontológica e principlamente para a especialidade de endodontia, por proporcionar uma iluminação coaxial e uma alta magnificação, o operador enxerga detalhes antes não vistos, aumentando a segurança do seu procedimento, diminuindo a possibilidade de causar uma iatrogenia, tornando assim os resultados mais previsíveis, porém ainda é indispensável que o operador conheça a anatomia dentária. O custo e a o período de adaptação do microscópio operatório ainda são empecílios que dificultam o difundimento do instrumento na classe odontológica brasileira, mas deve-se levar em conta todos os benefícios trazidos por este, além de uma melhor ergonomia e a possibilidade de realizar documentação do caso e uma melhora na comunicação profissional/paciente, tornando-se um instrumento indispensável na endodontia atual.