A anestesia local é sempre um momento de ansiedade para a criança, mas também para o profissional. E é fundamental que esse procedimento seja bem realizado, pois o “tratamento sem dor” é um dos fatores que indicam qualidade ao atendimento. Além do domínio da técnica, para obtermos sucesso durante o ato da anestesia nas crianças, precisamos aliviar essa ansiedade e diminuir o medo. Para isso, podemos empregar técnicas farmacológicas e não-farmacológicas.
Conheça as técnicas não-farmacológicas que são bem evidenciadas na literatura:
- Verbalização: O profissional deve explicar (antes e durante a anestesia) o que vai fazer de forma “amigável”. Ex: “Agora nós vamos fazer seu dente adormecer para eu poder mexer nele sem incomodar. Você vai começar a sentir que ele está diferente, mas quando eu terminar de mexer nele , ele vai voltar a ficar normal”.
- Distração: Essa técnica é uma das mais eficazes para obter um bom controle do comportamento da criança. Você pode distrair a criança contando uma história ou colocando algum vídeo para ela assistir. Nunca fique em silêncio durante a execução da anestesia!.
- Reforço positivo: Durante toda a técnica procure sempre elogiar condutas satisfatórias da criança. Ex: “Você está me ajudando muito porque está com a boca bem aberta e sem mexer com a cabeça. Parabéns!”
- Estabilização protetiva: A criança pode se mexer e precisamos sempre garantir que não se machuque no equipamento ou com a própria anestesia. Algumas vezes, essa contenção é apenas sobre as mãos da criança, mas sempre de forma “gentil”. Essa contenção evita movimentos repentinos e acelera o procedimento. É maravilhoso quando os pais podem nos auxiliar nessa manobra. E não esqueça que o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) deve estar assinado pelos responsáveis antes da consulta iniciar.
O uso dessas técnicas muitas vezes é feito de forma combinada e vão auxiliar de forma significativa para o êxito da anestesia local nas crianças.